O Ministério Público pode iniciar uma investigação sobre mais de R$ 300 mil pagos em salários a funcionários que não cumpriam carga horária na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba.
Recentemente, a Alep demitiu os empresários Bruno Francisco da Motta e Henrique Waldov, que ocupavam cargos comissionados até o início deste ano. De acordo com o Portal da Transparência, ambos constavam na folha de pagamento da Assembleia, mas durante o período em que foram nomeados, não compareceram ao trabalho, embora continuassem a receber seus salários mensalmente.
Uma reportagem da Gazeta do Povo revela que o Ministério Público possui 130 inquéritos em andamento, investigando casos de servidores e ex-funcionários considerados fantasmas na Assembleia. Denúncias feitas por cidadãos indicam que Bruno e Henrique sempre estavam dedicados a suas empresas, uma atuando no setor de supermercados e materiais de construção e a outra no comércio de produtos e insumos agrícolas.
Com a abertura dos inquéritos, os promotores têm coletado depoimentos de funcionários tanto da capital quanto do interior do estado. Recentemente, Quedas do Iguaçu foi incluída nessa investigação, agora alinhando-se a outros casos de funcionários fantasmas da Alep.
Candidaturas e Novas Denúncias
Bruno Motta é candidato a prefeito de Quedas do Iguaçu nas eleições de outubro, representando a coligação “Onde nasce uma esperança”, que também conta com Henrique Waldov concorrendo à vaga de vereador. Além disso, surgiram denúncias relacionadas a um terceiro indivíduo, Osni Soares da Silva, que teria sua filha nomeada na Assembleia Legislativa. Osni, ex-presidente da Câmara de Vereadores, é um dos coordenadores da campanha de Bruno Motta.
Postagem Inusitada
Em uma publicação no Facebook, Bruno Motta compartilhou uma imagem aproveitando o sol nas praias de Santa Catarina, junto à sua família, no dia 31 de agosto de 2023, mesmo com as atividades na Assembleia Legislativa em andamento.