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Beto Richa no PL cria rusgas dentro da extrema-direita

Jair Bolsonaro, Beto Richa e Paulo Martins, que deixou o PL (Colagem)

Assessores do ex-governador atacavam Jair Bolsonaro nas redes sociais

A reviravolta política de Beto Richa ocorrida na última quarta-feira (14), confirmando sua filiação ao PL de Jair Bolsonaro, gerou intriga e ódio desde os mais amenos, até os mais raivosos direitistas apoiadores do ex-presidente.

O ex-deputado federal e candidato derrotado ao Senado em 2022, Paulo Martins, aliado de primeira hora de Bolsonaro, após a decisão da cúpúla do PL em atrair o ex-governador, anunciou sua debandada do partido e não quis vincular seu nome ao "betorichismo" na capital. 

A situação de Martins já era díficil eleitoralmente, pois não aparecia em lugar nenhum se mostrando como pré-candidato a prefeito de Curitiba, mas provavelmente tinha a intenção de enfrentar destacados caciques políticos - como Ricardo Barros (PP), Gleisi Hoffmann (PT), o ex-senador Álvaro Dias (Podemos) e até mesmo Michele Bolsonaro (PL), caso aconteça uma futura eleição fora de época ao Senado, claro, se Sérgio Moro (UB) for cassado pelo TRE/TSE. 

Martins agora terá dois caminhos a seguir: ou irá pedir penico para o governador Ratinho Junior (PSD), para que lhe dê um cargo ou se filie em seu partido para tentar concorrer a algum cargo nestas eleições municipais, buscando sobrevivência política, ou irá procurar Deltan Dallagnol (Novo), ou até mesmo entrar nas trincheiras do União Brasil, para apoiar Ney Leprevost. 

O deputado federal Beto Richa, apesar de ter já sido governador do Paraná e prefeito de Curitiba por duas vezes cada, tem sua trajetória política marcada por escândalos e prisões acusado de corrupção por meio das investigações da Operação Lava Jato, Operação Quadro Negro, Operação Piloto e também marcado pelo massacre aos professores no dia 29 de abril de 2015, na Praça Nossa Senhora Salete em Curitiba, que deixou centenas de educadores feridos devido à truculência da Polícia Militar, comandada então pelo secretário de Segurança do Estado, o ex-deputado estadual cassado Fernando Francischini (UB). 

Richa foi beneficiado recentemente por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), com canetaços dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes que anularam e arquivaram todos os processos e investigações que haviam em todos os âmbitos a nível justiças estadual e federal. Na eleição de 2018, Richa foi preso por três vezes durante a campanha eleitoral para o Senado, o que o fez adormecer suas intenções políticas por quatro anos, somente agindo nos bastidores. 

Na eleição de 2022, enquanto corriam esses processos e investigações sem decisão definifiva, Richa foi eleito deputado federal entrando pela raspa da panela, com 64.868 votos. Esperava-se que sendo ex-governador, faria mais votos. Voltando ao poder e aos holofotes políticos, mesmo que modestamente como deputado federal, Richa chegou a votar junto com o governo Lula (PT) em várias pautas recentemente, mantendo um certo namoro com o Planalto, abençoado por seu ex-correligionário tucano, o vice-presidente Geraldo Alckmin, atual PSB. 

O que motivou a Richa e Bolsonaro selarem um acordo eleitoral para Curitiba, dizem os corredores do Centro Cívico e também de gabinetes em Brasília, é que a não ida de Ratinho Junior ao evento da Avenida Paulista no dia 25 de fevereiro, teria deixado o ex-presidente chateado, pois acreditava que o atual governador do Paraná seria um aliado de primeira hora. 

Já as motivações para os lados de Richa, é que vai para o PL intermediado pelo deputado federal Filipe Martins (PL-PR) e deputado estadual Ricardo Arruda (PL) - este que chegou a anunciar sua pré-candidatura a prefeito recentemente. Essa nova configuração do PL seria uma forma lançar candidatura própria  bater de frente com o Eduardo Pimentel, vice-prefeito, secretário de Estado e candidato oficial de Rafael Greca e Ratinho Junior para o Palácio 29 de Março. 

Vale lembrar que Rafael Greca chegou a ser aliado de Beto e Fernanda Richa em 2016, quando se elegeu pela prefeito pela segunda vez e tendo o ex-casal do Palácio Iguaçu fazendo corpo a corpo em sua campanha. 

Repercussões internas

O curioso é saber que vários assessores ligados a Richa e tucanos articuladores nas redes sociais, desde 2018 até recentemente faziam cara feia para Jair e Michele Bolsonaro, atacando o casal ultra-direitista com postagens, críticas e deboches ao governo do ex-presidente atualmente inelegível. Agora a missão desses ex-tucanos e agora liberais, será esconder o recente passado e tentar se abraçar com os militantes de extrema-direita - muitos que tem ojeriza ao tucanato e ao "centrão". 

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