Os dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira revelaram que a atividade econômica no Brasil teve um início vigoroso em 2024, superando as expectativas para o mês de janeiro. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um indicador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um avanço de 0,60% no primeiro mês do ano, conforme dados dessazonalizados.
Este resultado ficou substancialmente acima das previsões de alta de 0,26% em pesquisa realizada pela Reuters e marca o quinto mês consecutivo de crescimento. No entanto, houve uma desaceleração em relação ao aumento de 0,82% registrado em dezembro, de acordo com dados não revisados pelo BC.
Comparado ao mesmo período do ano anterior, o IBC-Br registrou uma alta de 3,45%, enquanto o acumulado em 12 meses apresentou um avanço de 2,47%, de acordo com os números observados.
Em janeiro, os setores de destaque foram o varejo e os serviços, com as vendas varejistas registrando o maior aumento no volume de vendas em um ano, atingindo 2,5%. No entanto, a produção industrial teve a maior queda em quase três anos, com uma redução de 1,6% em relação ao mês anterior.
A economia brasileira tem se beneficiado de um mercado de trabalho robusto, um aumento na massa salarial e inflação sob controle. Especialistas preveem que esse cenário positivo persistirá pelo menos até meados do ano, quando a economia poderá entrar em um ritmo de estabilidade.
Além disso, o ano de 2024 será influenciado pelos efeitos da política de redução da taxa de juros do Banco Central, que tende a impulsionar o crescimento após a redução da taxa básica Selic de 13,75% para os atuais 11,25%.
Na semana passada, fontes informaram à Reuters que o Ministério da Fazenda manterá sua projeção de crescimento do PIB para 2024 em 2,2%, prevendo também um equilíbrio entre os setores que impulsionarão o crescimento econômico neste ano.
O IBC-Br é calculado com base em indicadores representativos do volume de produção da agropecuária, indústria, serviços e impostos sobre a produção.
