Durante a campanha presidencial de 2022, a ex-presidente Dilma Rousseff compartilhou com Lula eventos suspeitos que sugeriam a possibilidade de estar sendo alvo de espionagem. Após a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto de 2022, Dilma foi jantar no restaurante Villa Tevere, em Brasília, onde a equipe de segurança foi alertada sobre a presença anterior de "seguranças do GSI" (Gabinete de Segurança Institucional), gerando estranheza, pois o jantar já havia sido combinado sem a necessidade de outra equipe.
Durante o jantar, Dilma notou um comportamento peculiar de três clientes em uma mesa próxima, o que a deixou incomodada, especialmente por ter escolhido uma mesa no segundo andar para preservar sua discrição.
Essas preocupações surgiram em meio à revelação de que o então ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, havia solicitado a infiltração de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas presidenciais. Durante uma reunião em julho de 2022, Heleno discutiu o plano com o diretor-geral da Abin, sendo interrompido por Bolsonaro ao mencionar a preocupação com vazamentos.
As circunstâncias relatadas por Dilma ressaltam a sensibilidade em torno da segurança e privacidade durante o processo eleitoral.
