O governo da Dinamarca revelou na terça-feira (29/8) uma doação significativa de 150 milhões de coroas dinamarquesas (aproximadamente R$ 110 milhões) destinadas ao Fundo Amazônia. O anúncio foi feito após uma reunião entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro dinamarquês de Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global, Dan Jørgensen.
De acordo com a ministra, essa contribuição será crucial para financiar projetos e iniciativas voltados à redução do desmatamento, à proteção da biodiversidade, à melhoria das condições de vida das comunidades locais e à promoção do desenvolvimento sustentável, seguindo as diretrizes aprovadas pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA).
Marina Silva ressaltou nas redes sociais que esses recursos serão direcionados para esforços visando alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. Além disso, os fundos serão empregados no fomento ao desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.
A retomada das ações de fiscalização na atual gestão já apresentou resultados positivos, com uma queda de 42,5% na área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal, de janeiro a julho, em comparação com o mesmo período de 2022, conforme dados do sistema Deter-B, do Inpe.
O Fundo Amazônia, criado em 2008 e retomado em janeiro após quatro anos de paralisação, recebeu uma série de novas doações desde então. A Alemanha comprometeu-se com R$ 190 milhões, o Reino Unido anunciou R$ 500 milhões, os Estados Unidos prometeram R$ 2,5 bilhões, a União Europeia anunciou R$ 100 milhões e a Suíça contribuiu com R$ 30 milhões. Essas contribuições buscam revitalizar o fundo que, nos últimos anos, ficou sem utilização de aproximadamente R$ 3,9 bilhões doados por Noruega e Alemanha.