Presidente do Congresso se referiu à tentativa de golpe bolsonarista no final de 2022
Durante um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e senadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ressaltou a relevância da eleição de Lula para a democracia brasileira, destacando que não foi "preso graças à posse de Lula". Em resposta, o ex-presidente mencionou o papel crucial de Pacheco na defesa da democracia e sugeriu a possibilidade de sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026.
O evento foi marcado pela solidariedade mútua entre Lula, Pacheco e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra possíveis prisões, conforme revelado pela Operação Tempus Veritatis. Essa operação expôs a trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, que consideravam a detenção do chefe do Senado e do magistrado.
Durante suas considerações no encontro, Pacheco enfatizou a importância da eleição de Lula para a preservação da democracia, especialmente diante de ameaças bolsonaristas de golpe, lembrando a ambos: "Inclusive a prisão do senhor e do Alexandre Moraes". O senador respondeu: "Isso mesmo, inclusive a minha e a do ministro Alexandre de Moraes".
Lula expressou sua consciência sobre a contribuição de Pacheco para a manutenção do processo democrático brasileiro, mencionando o governador de Minas Gerais como resultado desse esforço.
No decorrer da reunião, o senador Otto Alencar (PSD-BA) manifestou seu apoio à possível candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais, afirmando que, se possível, mudaria seu título de eleitor para contribuir com a eleição do colega de partido no estado mineiro.
Além disso, Pacheco defendeu o ministro Alexandre Padilha, destacando sua importância na articulação política do governo e ressaltando sua contribuição fundamental para a aprovação de projetos governistas no Congresso Nacional no ano passado. Em contraste, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem adotado uma posição crítica em relação a Padilha.
Lira também planeja lançar um projeto de lei que busca retirar a competência do Ministério de Minas e Energia, tornando o Congresso o único responsável por negociar as renovações de concessões com grandes grupos do setor elétrico. Essa iniciativa coloca em jogo uma área atualmente sob responsabilidade do ministro Alexandre Silveira.
Com a previsão de que esses acordos renovados gerem investimentos que ultrapassam os R$ 180 bilhões, a renovação desses contratos, estabelecidos no governo Bolsonaro (PL), torna-se uma questão urgente, especialmente diante dos recentes episódios de apagões em cidades brasileiras, uma vez que os primeiros vencem já em 2025.