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Hoje, 22 de março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em São Paulo que a realização da meta do governo para zerar o déficit primário neste ano dependerá da evolução da economia e da aprovação das medidas enviadas ao Congresso Nacional.
"Hoje, como sempre digo, a meta é uma lei. O resultado não se resume a estabelecer o que se deseja na lei. Requer um esforço conjunto do Executivo, Legislativo e Judiciário para garantir o equilíbrio das contas", afirmou o ministro em uma entrevista concedida no início da tarde.
Apesar disso, Haddad expressou otimismo em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. "Estamos prevendo um crescimento de 2,2%, mas alguns especialistas já projetam um cenário ainda mais favorável. Alguns economistas sérios falam em 2,5%. Essa especulação sobre um crescimento maior do que o previsto pelo governo certamente impulsionará a arrecadação", destacou.
Durante a coletiva, ele abordou o bloqueio de R$ 2,9 bilhões do Orçamento de 2024 em despesas discricionárias, anunciado pelo Ministério do Planejamento. Para Haddad, os resultados estão alinhados com as expectativas do governo federal.
"A cada dois meses, a Receita Federal revisa as projeções de receitas ao longo do ano, os riscos de subestimação e outras avaliações. Estamos com uma projeção razoável até agora", afirmou.
O Planejamento revisou para R$ 9,8 bilhões a estimativa de déficit primário para este ano, dentro do arcabouço fiscal que prevê uma meta de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB.
Haddad também elogiou o desempenho das receitas e despesas do governo federal no primeiro bimestre, destacando o recorde na arrecadação federal em fevereiro. No mês passado, o governo arrecadou R$ 186,522 bilhões em tributos, registrando a maior arrecadação para fevereiro desde 1995, em valores corrigidos pela inflação.
